Estudo mapeia a população de guaribas na floresta do Amapá e avalia o risco de extinção

  • 04/11/2025
(Foto: Reprodução)
Estudo mapeia população de guaribas na floresta do Amapá e avalia risco de extinção Desde 2016, o professor Renato Richard Hilário, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), lidera um estudo que mapeia a população de guaribas na floresta do Estado. A pesquisa busca entender os fatores que colocam a espécie em risco de extinção. O estudo está na terceira fase e envolve seis pesquisadores orientados por Hilário. Eles identificaram grupos da espécie guariba-preta, conhecida como guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul). A equipe se divide na floresta e usa os gritos das guaribas para localizar os animais. A vocalização é tão forte que pode ser ouvida a até um quilômetro de distância. A direção do som é identificada com ajuda de uma bússola. “Nos posicionamos em pontos estratégicos da mata e ouvimos os gritos. Registramos o horário de início e fim da vocalização. Assim, conseguimos saber se dois pesquisadores estão ouvindo o mesmo grupo”, explicou o professor. Baixe o app do g1 para ver notícias do AP em tempo real e de graça Na primeira fase, o objetivo foi identificar as áreas onde os guaribas vivem e entender por que ocupam algumas regiões e outras não. Ainda na primeira fase, o foco foi na região conhecida como Savana. Os pesquisadores encontraram entre 1 e 15 grupos de guaribas pretas em 19 áreas de Macapá e Santana. De acordo com Hilário, a quantidade de grupos é baixa e não garante a sobrevivência da espécie na floresta amazônica, o que indica risco de extinção. Entre as áreas mapeadas estão os quilombos do Curiaú, Igarapé do Lago e do Rosa. O mapeamento ajuda a entender quais ambientes os guaribas preferem e como eles são afetados pela caça, principal ameaça à espécie. “Os dados mostram que os guaribas escolhem certos tipos de ambiente. A presença humana, principalmente por causa da caça, afeta diretamente esses animais. Eles estão entre os mais caçados da região”, disse o pesquisador. Depois da Savana, os pesquisadores passaram a estudar as áreas de várzea, que incluem as margens do Rio Amazonas no Amapá e ilhas do Pará. “Queremos entender melhor o risco de extinção da espécie com base na estimativa populacional. Isso também nos dá uma referência para acompanhar mudanças futuras na região”, explicou Hilário. As guaribas são uma espécie de primata comum na Amazônia Beatriz Innocente/Arquivo pessoal Leia mais: Estudante indígena do AP cria projeto com drones para monitorar florestas no Tumucumaque Tartarugalzinho entra em emergência por seca e queimadas pelo 3º ano seguido 🔎 Fases do estudo: Identificar áreas de floresta com presença da guariba preta e analisar o ambiente; Visitar locais já conhecidos para contar os grupos de guaribas; Estudar as florestas de várzea, nas margens do Rio Amazonas e nas ilhas da foz. ⚠️ Principais ameaças: Desmatamento e perda da vegetação nativa; Expansão urbana e agrícola; Caça ilegal; Baixa reprodução e isolamento dos grupos. Esses primatas são essenciais para o equilíbrio das florestas, pois ajudam na dispersão de sementes e na biodiversidade. A proteção da espécie depende de ações de conservação, fiscalização e educação ambiental. Renato e os pesquisadores que colaboram no projeto Renato Hilário/Arquivo pessoal A localização dos primatas é identificada pela vocalização Renato Hilário/Arquivo pessoal Projeto é desenvolvido por pesquisadores da Unifap Renato Hilário/Arquivo pessoal Profissionais adentram a área de floresta do Amapá Renato Hilário/Arquivo pessoal Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:

FONTE: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2025/11/04/estudo-mapeia-a-populacao-de-guaribas-na-floresta-do-amapa-e-avalia-o-risco-de-extincao.ghtml


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