Justiça condena sete pessoas por roubo de R$ 300 mil em propina ligada à Operação Vostok
02/09/2025
(Foto: Reprodução) Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul abriu edital com 20 vagas para juiz substituto.
Divulgação/TJMS
Sete pessoas foram condenadas pela Justiça de Mato Grosso do Sul por roubar R$ 300 mil em propina, de José Roberto Guitti, mais conhecido como Polaco, investigado em um esquema de pagamento envolvendo frigoríficos do estado.
O crime foi descoberto durante as investigações da Operação Vostok, que apura o pagamento de vantagens indevidas as autoridades do estado em troca de benefícios fiscais para frigoríficos.
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As condenações foram determinadas pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande. Os réus foram acusados de roubo majorado. Leia a defesa dos condenados mais abaixo.
Condenados e penas
Hilarino Silva Ferreira – 6 anos de prisão em regime semiaberto e 15 dias-multa
David Cloky Hoffaman Chita – 6 anos de prisão em regime semiaberto e 15 dias-multa
Luiz Carlos Vareiro – 6 anos de prisão em regime semiaberto e 15 dias-multa
Vinícius dos Santos Kreff – 6 anos de prisão em regime semiaberto e 15 dias-multa
Jefferson Braga de Souza – 6 anos e 9 meses de prisão em regime fechado e 45 dias-multa
Fábio Augusto de Andrade Monteiro – 6 anos e 9 meses de prisão em regime fechado e 45 dias-multa
Jozué Rodrigues das Neves – 6 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto e 45 dias-multa
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Esquema de propina
A condenação dos sete réus se refere ao roubo de R$ 300 mil em dinheiro, valor que seria parte de uma propina supostamente recebida por José Roberto Guitti, conhecido como Polaco. O crime foi descoberto durante as investigações da Operação Vostok, mas os condenados não respondem por envolvimento direto no esquema de corrupção. A relação com a operação se dá apenas porque o roubo foi identificado no curso das apurações.
Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia frigoríficos que recebiam redução de impostos estaduais por meio de incentivos fiscais. Em troca, os empresários pagavam propina a agentes públicos e intermediários. Conforme a investigação, o valor pago pelo frigorífico aos integrantes do esquema teria chegado a R$ 70 milhões.
Defesas
O advogado Ricardo Pegolo dos Santos, que representa Vinícius dos Santos Kreff, afirmou que irá recorrer da decisão: “Vamos verificar se é caso de embargos de declaração ou de recurso de apelação. O processo tem mais de 2 mil páginas e preciso analisar o contexto geral.”
Já o advogado Márcio Messias de Oliveira Sandim, que defende Hilarino Silva Ferreira, disse: “Estamos analisando a sentença. Certamente vamos recorrer. A defesa técnica vai se insurgir e apelar ao Tribunal de Justiça para reverter esta situação.”
O advogado Sidnei Tadeu Cuissi, que representa Luiz Carlos Vareiro, informou apenas que “vão recorrer da condenação”.
As demais defesas não responderam o g1 até a última atualização desta reportagem.
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