Prefeito e todos os vereadores de Turilândia acabam presos, após fim de operação contra R$ 56 milhões desviados dos cofres públicos

  • 24/12/2025
(Foto: Reprodução)
Prefeito de Turilândia, Paulo Curió Divulgação Na manhã desta quarta-feira (24), o prefeito de Turilândia , Paulo Curió (União Brasil), se entregou à polícia após ficar dois dias foragido. Com isso, todos os mandados foram cumpridos com as prisões do prefeito, da vice-prefeita, e todos os vereadores do município que, segundo o Ministério Público, são parte de uma organização criminosa que desviou recursos públicos. 📲 Clique aqui e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp A Operação Tântalo II, deflagrada na última segunda-feira (22), investiga o desvio de R$ 56.328.937,59 e envolve empresas criadas de forma fictícia pelo prefeito e seus aliados, o que inclui os 11 vereadores de Turilândia, a atual vice,além da ex-vice-prefeita, servidores públicos, empresários e outros agentes políticos. "Na Câmara, todos os vereadores faziam parte do esquema, recebendo dinheiro desviado diretamente ou através de parentes", afirmou o promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Fernando Berniz. Tânia Mendes (vice-prefeita), e todos os 11 vereadores de Turilândia estão envolvidos em desvios de dinheiro público, segundo o MP-MA Divulgação/Câmara de Turilândia Após ser preso, Paulo Curió e a vice, Tânia Mendes, serão encaminhados para a Unidade Prisional de Ressocialização de Pedrinhas, em São Luís, para cumprir prisão preventiva. Já os 11 vereadores tiveram a prisão preventiva convertida para domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica. "A Justiça preferiu transformar as prisões dos vereadores em domiciliar ou tornozeleira para não interromper as atividades em Turilândia, já que agora o presidente da Câmara terá que assumir o cargo de prefeito", explicou o promotor Fernando. Crimes cometidos Vice-prefeita e vereadores são presos em operação do MP no Maranhão Ao todo, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão em São Luís, Paço do Lumiar, Santa Helena, Pinheiro, Barreirinhas, Governador Nunes Freire, Vitória do Mearim, Pedro do Rosário, São José de Ribamar e Presidente Sarney. A ação é um desdobramento da Operação Tântalo, realizada pelo GAECO em fevereiro deste ano. De acordo com procedimento investigatório instaurado no GAECO, há indícios da prática dos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. As irregularidades teriam ocorrido durante a gestão do prefeito Paulo Curió, entre 2021 e 2025. O g1 entrou em contato com os acusados, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Como funcionava o esquema Vice-prefeita Tânia Mendes e cinco vereadores são presos em operação que investiga desvio de mais de R$ 56 milhões em Turilândia Reprodução/Redes Sociais De acordo com as investigações, a organização criminosa era liderada pelo prefeito Paulo Curió, com o apoio da vice-prefeita Tânia Mendes e da ex-vice-prefeita Janaína Lima. O esquema foi montado através de contratos fraudulentos com empresas de fachada. Entre as empresas envolvidas estão: Posto Turi SP Freitas Júnior Ltda Luminer Serviços Ltda MR Costa Ltda AB Ferreira Ltda Climatech Refrigeração e Serviços Ltda JEC Empreendimentos Potencial Empreendimentos e Cia Ltda WJ Barros Consultoria Contábil Agromais Pecuária e Piscicultura Ltda As empresas foram usadas como "laranjas" para desviar dinheiro dos cofres públicos. O prefeito Curió e diversos vereadores da cidade se beneficiaram do esquema, recebendo dinheiro tanto em contas pessoais quanto através de familiares. Quem são os alvos? A ex-vice-prefeita Janaína Lima e seu marido, Marlon Zerrão, que é tio da atual vice-prefeita, Tânia Mendes, tiveram um papel central no desvio de recursos. O Posto Turi, de propriedade de Marlon Zerrão, recebeu R$ 17.215.000,00 dos cofres públicos de Turilândia, segundo o MP-MA. Janaína e Marlon firmaram um acordo com o prefeito Paulo Curió para reter 10% dos valores dos contratos do Posto Ture. Esse valor era destinado ao pagamento da faculdade de medicina de Janaína Lima, enquanto os 90% restantes eram entregues ao prefeito ou a quem ele indicasse. Além disso, o Posto Ture foi usado para emitir notas fiscais falsas, com o objetivo de fraudar o pagamento de contratos públicos. Segundo a investigação, a atual vice-prefeita, Tânia Mendes, e seu marido, Ilan Alfredo Mendes, são investigados por receber valores de empresas contratadas pelo município, incluindo valores relacionados à venda de notas fiscais falsas. Ainda de acordo com a investigação, ela entrou para a chapa eleitoral com o objetivo de manter a influência de seu tio, Marlon Zerrão, que tinha uma forte ligação com o prefeito Paulo Curió.

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2025/12/24/prefeito-e-todos-os-vereadores-de-turilandia-no-maranhao-acabam-presos-apos-fim-de-operacao-contra-r-56-milhoes-desviados-dos-cofres-publicos.ghtml


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